“Red wine and sleeping pills, help me get back to your arms
Cheap sex and sad films, help me get back where I belong”
Você está na rua, ruma para casa, vê que não há olhos na rua. É domingo, as pessoas não estariam, como tu, acordando àquela hora. Não, as pessoas já estão arrumando os pratos na mesa, projetando saliva nos lábios na expectativa do que está por vir. Tu não. Pensa que deve voltar para casa, apesar da sede, apesar do calor, apesar de não ter nada para fazer lá.
“Stop sending letters, letters always get burned
It's not like the movies, they fed us on little white lies”
Cartas na bolsa, esperança incorrigível. Não pense mais porquê, faça porque é tempo. Nelson Moss retorna ao apartamento de Sara Deever depois de seu ‘ir embora’ já estar decretado. Volta com 12 presentes, um para cada mês do ano que sabia que viriam, com ou sem ela; haveria vida de verdade enquanto pudessem estar juntos. Sem saber quando Sara morreria, de quê valeria estar longe, imaculando momentos bons que tiveram, sem cogitar e desejar tantos outros, menores e corriqueiros, que poderiam viver? Ela amava demais a vida para deixar-se amar por alguém que teria de deixar.
“I think you're crazy, maybe
I think you're crazy, maybe
I will see you in the next life”
Reflexão físico-memorial de Sweet November, ao som de Motion Picture Soundtrack, Radiohead, pois cheguei em casa, ao final disto.
Andréia Dieter
26/04/08
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