domingo, 25 de setembro de 2011

Não escrevia desde 26 de julho. Admirei-me.


A formatura foi tão boa. Meus amigos, os mais variados e incrivelmente especiais, estavam lá para me permitirem o maior sorriso da vida. Inenarrável, perfeito.


A Argentina. Falar com tantas pessoas diferentes e, sem querer, refletir tão pesadamente, e de maneira leve e diária, sobre a felicidade tão procurada e, homeopaticamente, vivida. As necessidades que nos povoam a mente são internas ou externas? Ser feliz até pelas ocasionalidades. Questionar mais a si mesmo, enrugar menos a testa. Andar pelas ruas e sentir liberdade, felicidade no caminho até ela e mais paz consigo mesmo. Tudo tem um preço, mas a primeira pessoa é fundamental para o sentimento de felicidade em estado bruto.

Live and let die

A fatalidade não é ocasional, é óbvia e inevitável.

Triste imaginar que as coisas não têm fim, as mais diferentes coisas, digo. Desde a 'depressão' pós-viagem até os relacionamentos pessoais. Lidar com o fim é algo intratável, nega-se até mesmo depois de tornar-se fato. Autoengano, autossabotagem. Passado o luto, pode-se ver tudo com clareza tal que até o fim mais doloroso parece uma besteira e, melhor: algo necessário.

Disse, ainda, citando o Paul, "live and let die". Disse pois lidamos com uma culpa, nós cristãos cucarachos, que para conosco ninguém teve. Pesamos as palavras e, se descarregamos pedras, ficamos todos lamentosos vendo o estrago e esperando que a poeira baixe logo.

Live and let die for you not to die every time. Há muito, o Robertinho me disse sobre o egoísmo justificado (outro leitor da Insustentável Leveza do Ser - somos todos magneticamente unidos), alegando que assistir uma miríade de filmes, colocarmo-nos em primeiro lugar, escolher onde ir, o que comer e zaz e zaz seria a terapia ideal. E é. Eu o agradecerei eternamente. E ternamente.

O Gabriel brindou sobre a fatalidade. O Robertinho falou sobre a instauração da primeira pessoa. Meus musos inspiradores, meus amigos reais.

Vivamos e deixemos morrer.